Vieram Três irmãs, Cama de gato e Cordel encantado. Agora, volta repaginada ao interpretar a prostituta Teodora de Gabriela. Sentindo-se em casa, à vontade para interpretar uma personagem de Jorge Amado, Emanuelle garante estar feliz por reencontrar amigos como Harildo Deda e Ivete Sangalo. E garante que nem as cenas de nudez a deixam preocupada, já que a obra de Gabriela representa a libertação feminina na década de 1920, com seu cancã e a lingerie, e as paradas obrigatórias dos coronéis no bordel Bataclan. Paradas essas que não serviam apenas para os encontros amorosos, mas tinham uma função política para as discussões da época áurea do comércio do cacau, que dá uma cor, um charme todo especial à novela.
Vários outros artistas baianos estão participando de Gabriela. Como é reencontrar esses amigos?
É maravilhoso! São amigos de longa data, como Betão, Gero Camilo, Harildo Deda, que é o mestre dos mestres de todos os atores baianos. Contracenamos juntos e foi algo lindo de morrer, uma emoção só! Isso sem falar na personagem, a Teodora, que não tem nada a ver comigo e se torna um desafio ainda maior, porque construir uma personagem que é o seu oposto, que foge totalmente da sua realidade, é ainda mais complexo. Ela é uma batalhadora e traz uma raiva dentro dela. É nesse contexto que a Teodora vai ter que lidar o tempo inteiro.
Outra baiana que está em Gabriela é Ivete Sangalo, que você substituiu quando começou a carreira à frente da banda Eva. Como tem sido contracenar com ela, que é uma amiga de longa data?
A Ivete tem um astral que a deixa pronta para tudo. A energia dessa mulher é impressionante. Ela tem uma coisa única, que é fazer tudo com a maior naturalidade. A Ivete é do momento, do agora, e o ator sempre precisa disso quando está disposto a mergulhar fundo no mundo de um personagem. A Ivete tem uma inteligência cênica incrível para quem está começando. Fiquei impressionada quando a vi em cena.
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